Quem poderia imaginar que uma moça bem esclarecida, como diziam, advogada, pode ter coragem de se alto flagelar? O que leva um ser humano com essas características a fazer isso? Dinheiro? Alguns minutos de fama nos jornais da Suíça e no Jornal Nacional? É deprimente para nós brasileiros imaginar que uma mulher, o que é pior, se sujeite a esse papel em um país estrangeiro, e envergonhado nosso país, mentindo que estava grávida e inventando um suposto ataque, chegando ao ponto de se machucar.
Mas o que mais me preocupa como futura jornalista é a posição da nossa imprensa que está se tornando vergonhosa. As regras básicas do jornalismo são checar as informações, investigar a veracidade das notícias, resumindo: correr atrás para que a notícia tenha credibilidade e veracidade. Mas, infelizmente, podemos constatar nesse caso e em muitos passados, que a imprensa afirma e desafrma as notícias sem qualquer cuidado, causando uma decepção enorme para nós formandos e para a população.
Compreendo perfeitamente as razões do pai de Paula Oliveira que, estava simplesmente cumprindo seu papel de pai e preocupado com o bem estar de sua filha que estava longe da sua proteção e jogou as informações na mídia. Essa detonação das informações foi um prato cheio para a maior rede de televisão do Brasil, a Rede Globo. Ela como qualquer meio de comunicação, com informações bombásticas ao seu poder, não perdeu a oportunidade de lançar o caso como a grande manchete do dia, fazendo com que milhares de brasileiros, incluindo eu, se sensibilizassem com essa brutalidade; a ponto de inúmeros brasileiros residentes no exterior, se solidarizassem em prol da suposta vítima, Paula de Oliveira.
Em minha opinião de futura jornalista, a rede globo fez metade do seu papel como meio de informação. Como disse anteriormente a imprensa tem o papel de deixar a população informada, mas, a veracidade dessas informações deveriam ser checadas, investigadas para não confundir o leitor ou telespectador. Neste aspecto que acho que ela pecou, pois, a afirmação e desafirmação das informações trás a falta de credibilidade da notícia e deixa a população descrente com a imprensa.
Pra mim, uma reles formanda em jornalismo, essa profissão requer muitas responsabilidades, pois, tratamos do social, de assuntos minuciosos que precisam de muita atenção e investigação. Não é fácil ser jornalista, requer disposição e responsabilidade, pois, escrever em um jornal, falar em rádio ou televisão é preciso ter seriedade e responsabilidade social com as notícias checadas. Mas ainda sim, com todas essas “barrigadas do jornalismo”, ainda acredito na imprensa. Acredito na imprensa que investiga que corre atrás, e que checa suas fontes, pois, essas são as principais regras do jornalismo e não podem ser esquecidas. Podem estar adormecidas por alguns profissionais que só querem dá o famoso “furo”, mas, ela ainda vive no meio de grandes profissionais da nossa imprensa.
Fotos:
Vídeo: Promotoria suíça confirma que Paula Oliveira negou agressão e gravidez.
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